Segundo filho

Segundo filho. Não queria. Hoje quero. Não agora, mas talvez ano que vem.

Hoje acho que dar um irmão pra Manu é o melhor presente que podemos dar a ela. Não so pelo lado do aprender a dividir, ter alguém com quem brincar, tirar de seus pequenos ombros a responsa de ser filha única e de carregar toda a expectativa em nela depositada. Mas penso no seu futuro.

Lembro como foi difícil tudo que eu passei com a minha mãe e penso que se não tivesse meus irmãos comigo, não teria tido nem 10% da força e do apoio que tive. Minha mãe já se foi. Um dia meu pai também irá. E ai fico pensando que graças a Deus ainda tenho meus irmãos pra chamar de família. E se fosse filha única?

Ter um segundo filho não é uma decisão fácil. Pelo menos pra nós implica em muito mais mudanças do que quando decidimos ter a Manu. Hoje eu quero. Já decidi que Manu não será filha única. Mas falta o marido, que ora concorda, ora volta atrás. Ora ele se empolga, ora ele se assusta ao observar meus irmãos e meus cunhados ficando malucos com dois filhos. Acho que ele mais se assusta do que se empolga.

Se assusta com o trabalho dobrado, triplicado, se assusta com o lance de grana (esse ate eu me assusto), se assusta com as mudanças em nossa vida (na verdade até agora ele ainda não digeriu bem as mudanças com a chegada da Manu), enfim, hoje ele ainda se assusta bem com a ideia de um segundo filho.

Quanto a mim, a única coisa que me assusta em dar um irmãozinho pra Manu eh ter que começar de novo, principalmente os três primeiros meses que eu achei meio traumático, pq de resto será mais um serzinho pra nos acordar de madrugada, pra ocupar todo e qualquer minuto livre que teríamos, pra nos fazer rir e chorar na mesma intensidade, coisas que a Manu já faz hoje.

Ainda temos um tempo de maturação ou diria de convencimento alheio, mas uma coisa eh certa, o melhor presente que a Manu ganhará um dia será um irmão!