Faço parte de um grupo muito legal de maes no facebook e hoje, infelizmente, recebemos a noticia que uma das mães perdeu a sua filhinha de 1 ano e 9 meses, vitima de uma pneumonia muito forte. Estou arrasada porque eu nao consigo imaginar a dor que essa mae esta passando...nao verdade só de tentar imaginar, meu coraçao já grita.
O engraçado eh que a gente só tem uma certa dimensão da dor que eh perder um filho quando viramos mãe! A minha mãe perdeu meu irmao quando ele tinha 1 ano e 2 meses, tambem vitima de uma pneumonia. Eu nem era nascida ainda. Cresci com ele sempre fazendo parte da nossa familia, ele era sempre lembrado nas viagens que faziamos, nas festas...ate no natal a gente ia ao cemiterio acender uma velinha para que o papai noel achasse a casinha dele. Foi a forma que minha mae encontrou de manter seu filho entre a gente e da gente sempre saber que temos um irmao que esta no ceu.
Lembro que eu nunca tinha parado pra imaginar a dor que minha mae deve ter sentido ao enterrar seu filho e, pior, achava que por ela ter perdido meu irmao tao novinho, que entao o vinculo nem era assim tao forte..afinal, melhor perder novinho do que com 10 anos de convivencia..
Balela! Tudo balela! Depois que virei mae eu ja nao consigo visualizar tamanha dor e, finalmente consegui enxergar quao guerreira a minha mae foi, afinal, ela nao só superou (se eh que a gente supera isso), como ainda teve outros dois filhos (meu irmao e eu)..nao sei se eu teria essa força. Um dia, conversando sobre isso com meu marido, tanto eu quanto ele concordamos que se algo acontecesse com a Manu, a gente nao teria mais filhos. Eu nao aguentaria.
E agora, tudo que eu peço hoje, eh que Deus olhe por essa familia, lhes de muita força, muita luz e muita paz para superarem essa perda e, que o Céu receba essa princesa com festa.
Segue abaixo um texto que uma das maes publicou no grupo e agora compartilho:
A morte não é nada.
Apenas passei ao outro mundo.
Eu sou eu. Tu és tu.
O que fomos um para o outro ainda o somos.
... Dá-me o nome que sempre me deste.
Fala-me como sempre me falaste.
Não mudes o tom a um triste ou solene.
Continua rindo com aquilo que nos fazia rir juntos.
Reza, sorri, pensa em mim, reza comigo.
Que o meu nome se pronuncie em casa
como sempre se pronunciou.
Sem nenhuma ênfase, sem rosto de sombra.
A vida continua significando o que significou:
continua sendo o que era.
O cordão de união não se quebrou.
Porque eu estaria fora de teus pensamentos,
apenas porque estou fora de tua vista?
Não estou longe,
Somente estou do outro lado do caminho.
Já verás, tudo está bem.
Redescobrirás o meu coração,
e nele redescobrirás a ternura mais pura.
Seca tuas lágrimas e se me amas,
não chores mais